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A Base Nacional Comum Curricular e os novos desafios da Educação brasileira

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  Por Priscila Boy, Pedagoga, Diretora da Priscila Boy Consultoria, escritora e palestrante. Em dezembro de 2017, foi homologada a BNCC da Educação Infantil ao 9° ano do Ensino Fundamental. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais. A base não é currículo. Ela é o alvo, onde se quer chegar. As escolas deverão construir os seus currículos, tendo a Base como referência.    A estrutura da Base: Ao longo da Educação Básica, os alunos devem desenvolver dez competências gerais que estão divididas em cognitivas, comunicativas e socioemocionais, ou seja, o ser humano deve ser visto de forma integral. 2-     Educação Infantil A educação Infantil, possui dois eixos estruturantes: interações e brincadeiras. Nesta etapa são apresentados seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, sendo eles, conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Para atender aos direitos, a BNCC propõe uma organiza

Planejamento Reverso a melhor forma de planejar dentro da BNCC

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 Por Priscila Boy-  www.priscilaboy.com.br  A BNCC nos convida a sair do trabalho com o conteúdo isolado, para o desenvolvimento de competências e habilidades. A base sinaliza que o conhecimento deve estar a serviço do desenvolvimento de competências. Competência a gente não ensina, a gente desenvolve. Por este motivo, vamos precisar mudar a nossa forma de trabalhar os conteúdos. O conteúdo isolado perde espaço, ou seja, ele deve ser colocado dentro de um contexto em diálogo com as práticas sociais. A BNCC veio organizada por meio de uma matriz de habilidades. Entende-se por habilidade, a capacidade de saber fazer, de colocar o conhecimento em ação. Para que os alunos desenvolvam competências e habilidades, vamos ter que significar os conteúdos, ou seja, colocá-los dentro de um contexto. "Competência a gente não ensina, a gente desenvolve." Priscila Boy Planejamento reverso é um plano de ação. Uma estratégia para pensar o planejamento das unidades de ensino com foco naqui

Trabalhando as Competências socioemocionais na escola

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  Por Priscila Pereira Boy- Pedagoga, diretora da Priscila Boy Consultoria, escritora e palestrante priscilaboy@terra.com.br As pessoas se tornam, em grande parte, aquilo que aprenderam, viram e viveram na infância, seja na família, na escola ou em outros espaços de convivência social. O ser humano é um ser relacional. E relacionamentos se propõem a criar laços, mas, muitas vezes viram grandes nós. Segundo os dados do último censo do IBGE, o tempo de convívio diário dos pais com os filhos é de uma hora e meia, em média. Já no espaço escolar, quando multiplicamos o número de horas diárias por 200 dias letivos, percebemos que, em muitos casos, os alunos passam mais tempo na escola do que com os pais. Este dado assustador nos leva refletir a importância do papel da escola na vida das pessoas. A Base Nacional Comum Curricular, documento normativo, que deve nortear toda a elaboração dos currículos das escolas em todo o país , visa definir as aprendizagens essenciais dos educandos. De

A avaliação por rubrica permite auto avaliação e protagonismo.

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  Série de textos sobre rubricas de avaliação- Parte 3 de 3 A auto avaliação é uma mudança de paradigmas bastante grande para os alunos, principalmente para aqueles que já possuem uma longa estrada no mundo acadêmico, e que sempre foram avaliados nos moldes tradicionais. Os alunos de um modo geral não estão acostumados à auto avaliação. Para começar a adotar essa prática, as rubricas funcionam como excelente guia. É só detalhar os critérios de avaliação de forma clara e objetiva. Com as rubricas, os alunos tornam-se capazes de avaliar seus trabalhos antes da entrega ao professor. Se as rubricas forem bem-feitas e detalhadas, os alunos sentem facilidade para verificar se os requisitos e as expectativas dos professores foram alcançados. Quanto mais detalhadas forem as rubricas, menos espaço para a subjetividade existirá nesse processo. Dispondo de uma avaliação prévia feita pelo próprio aluno, o professor tem condições de se concentrar na complementação desta auto avaliação  e propor

Como fazer uma avaliação por rubricas?

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Série de textos sobre rubricas de avaliação- Parte 2 de 3 Em linhas gerais, as rubricas são matrizes de avaliação ou matrizes de valoração. Ela é basicamente uma tabela, com os pontos daquilo que é esperado do aluno e pode estar ligada a vários critérios: 1-  1-  Nível de domínio de um certo conteúdo; 2-      Nivel de criatividade; 3-      Nivel de pensamento crítico; 4-        Nível de colaboração 5-      ETC Ao construir as rubricas (tabela de critérios), você deve levar em conta algumas coisas: 1-      O texto não pode ser longo e deve ser claro; 2-      Você deve definir os níveis de gradação esperados e colocar o quanto cada desempenho vai valer 3-      Você deve colocar no máximo 4 níveis de gradação 4-        As rubricas devem levar o aluno a pensar como ele conseguiu desenvolver aquele critério 5-      As rubricas devem levar o aluno a pensar em como ele pode melhorar A rubrica ajuda o aluno a pensar em como ele está se desenvolvendo.   Desvantagens:

Você sabe o que é avaliação por rubricas?

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Série de textos sobre rubricas de avaliação- Parte 1 de 3 As rubricas são ferramentas bastante úteis para a avaliação na educação. Sua utilização no Brasil ainda é muito restrita, embora em alguns países, do Primeiro Mundo, já seja de utilização constante. Avaliar é uma tarefa complexa que exige atenção, e se de fato queremos ser construtivos no que diz respeito à performance de nossos alunos, necessitamos gastar um bom tempo, preparando cuidadosamente a avaliação. Segundo Maria Alice Soares, são esquemas explícitos e podem ser usadas para classificar qualquer atividade ou comportamento, tais como redações, ensaios, trabalhos de pesquisa, apresentações orais e atividades. A avaliação pode ser feita pelos próprios estudantes, ou por outros, como professores, outros alunos, supervisores de trabalho ou revisores externos. Rubricas podem ser usadas para dar um retorno   formativo dos alunos, para dar notas ou avaliar programas. É importante ressaltar que o tipo de avaliação não nasce

Como organizar o Novo Ensino Médio?

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  A Lei 13.415, que passou a ditar as regras de funcionamento do Novo Ensino Médio no nosso país. Ela estabelece mudanças na carga horária e na organização curricular, traz itinerários formativos de livre escolha, traça quais são as disciplinas obrigatórias, fala sobre atividades online , traz também a regra de contratação dos docentes, ou seja, um novo formato de Ensino Médio, um novo modelo para atender às demandas do século XXI. A Lei da Reforma obriga a escola a destinar até 1.800 horas da sua carga horária total para a BNCC. Mas, o que é a BNCC? A base é um documento  normativo , que visa definir as aprendizagens essenciais dos alunos ao longo da trajetória escolar. Trabalha na perspectiva de competências e habilidades , por isso define aprendizagens essenciais e não conteúdos isolados. As habilidades estão organizadas de forma interdisciplinar e transdisciplinar, ou seja, não há habilidades específicas por componente curricular. Segundo as diretrizes curriculares do